- Onde ocorreu este espetacular evento? Foi na Bolívia?
- Não senhor, não foi na Bolívia.
- Aconteceu em São Paulo. No final de semana, sábado e domingo, 4 e 5 de agosto, a capital paulista encantou os seus habitantes ao disponibilizar no Memorial da América Latina um dos mais belos espetáculos do ano: as manifestações folclóricas e culturais dos bolivianos que vivem na metrópole paulista. Pessoas simples, muitas vezes oriundas de regiões sofridas do país vizinho em busca de um melhor porvir. Em São Paulo encontram a sobrevivência de forma árdua, em trabalhos, serviços e atividades que os fazem novamente vítimas de um sistema capitalista insano do terceiro mundo onde a mão de obra é explorada em regime de semiescravidão e de servidão total.
- Mesmo assim eles lutam para preservar a sua cultura, homenagear o seu país através de hábitos culturais onde o bom gosto popular os transformam em atrizes e atores de uma festa alegre, elegante, digna e, sobretudo, esteticamente agradável aos olhos, aos ouvidos e ao coração.
- Poucos brasileiros, paulistas ou paulistanos, adultos, jovens ou crianças, profissionais liberais ou funcionários públicos, políticos ou empresários, compreendem a importância e a elegância da cultura boliviana de um país multiétnico onde pulsa a sabedoria milenar dos ancestrais do império inca.
- Qual é a relação entre os paulistanos e os “paulivianos’”?
- Os paulivianos - “bolivianos de São Paulo” - são pacíficos, bem educados, generosos, discretos, cientes de seu papel na ‘’latinoamericanizada’’ deste continente onde 12 nações irmãs buscam ser compreendidas, ouvidas e ter seus povos aceitos – e amados – pelo grandalhão luso-ibero-americano que se chama Brasil.
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