Mormente ninguém exige do crítico alguma fundamentação daquilo que ele está expressando, muito menos destina algum tempo para analisar a veracidade dos fatos ou situações. A verdade que se lixe, não é mesmo? Aliás, existem pessoas, e não são poucas, que se deliciam morbidamente apenas em ouvir o crítico, inda mais quando o objeto da crítica é um adversário, como acontece na política, ou quando a crítica vai de encontro a alguma postura pessoal condenada ou invejada a priori pelo ouvinte.
Como a preguiça mental está cada vez mais em voga, seja aqui ou alhures, tudo converge para o campo das facilidades do julgamento barato e desprovido de razão. A máxima “não julgueis para não serdes julgados”, há muito foi sepultada, posto que, orgulhosamente, cada um se acha o suprassumo das virtudes e o outro o réu iníquo que deve ser jogado na fogueira inquisitória.
A filosofia do macaco, ou seja, o ato de apontar o mal feito alheio para desviar a atenção das suas próprias imperfeições é tão corriqueiro que, para muitos, isso é normal. Como já citei anteriormente, a inveja, essa venal deficiência, mormente permeia muitas críticas e até mesmo as difamações fortuitas, posto que o invejoso, na tentativa de tirar o foco das suas incompetências e fracassos, utiliza-se destes expedientes para, de acordo com seu ego, nomeadamente doentio, tentar nivelar tudo e todos por baixo. Como se declarasse: “Ninguém presta mesmo!”.
Creio que pessoas conscientes não devem ser coniventes com críticas irresponsáveis e perniciosas, versem elas sobre o que for. Devem isto sim, aprimorar o senso analítico e qualificar melhor aquilo que ouvem, prestando atenção principalmente naquele que é o arauto das críticas, observando sua idoneidade, seu caráter e, sobretudo, as ideias que defende e as posturas que adota na vida em geral.
Enfim, a verdade é que a crítica em si sempre existiu e sempre existirá, ocorre que para não fazermos parte, mesmo que passivamente, desse circo vicioso e destrutivo temos que estar aptos a fazer de vez em quando a nossa própria autocrítica, pois, normalmente, os críticos mais sagazes e doentios menosprezam a inteligência daqueles que lhes dão atenção.
Boa Reflexão e viva consciente.
Siga o Varginha Online no Facebook, Twitter