Coluna | Cidadania Reativa
Willes Silva Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

Site: www.viverconsciente.com.br
Poluição – Educação e Respeito à Vida
01/02/2011


Ao analisar o problema do lixo jogado nas ruas da cidade, nos terrenos baldios, nas margens das rodovias, nos rios, etc., me ocorreram alguns pensamentos e indagações: “qual será o perfil comportamental de quem polui assim costumeiramente? Como será a casa desse agente da poluição? Será que ele também joga seus lixos pelos cantos da sala, cozinha, quartos, banheiros ou quintal? Pode ser que a sua casa seja um lixo só, dizem que o mau comportamento começa no lar. Será que no seu domínio ele age diferente ou Acumula o lixo para jogar onde melhor lhe aprouver, anonimamente, sorrateiramente como quem comete um delito? Bem, se ele age assim, então é um poluidor que premedita suas ações, não é assim tão inconsciente, ele é algo parecido como um “serial killer” do lixo, que escolhe com certa meticulosidade e esmero onde e como deitar seus dejetos”. Conjecturas à parte, quem polui não está nem aí para o mundo à sua volta, age como se fosse um “homem bomba” semeando destruição...

Indo mais além nessa análise, acredito que devam existir diferentes perfis de quem polui. Quem sabe até, algum dia, a ciência venha a definir o ato de poluir como uma doença, como algo patológico, tipo uma vício que começa quando alguém em criança em seu habitat familiar, devido a maus tratos ou à educação distorcida em seus valores, comece a jogar no ambiente doméstico papel de bala ou pauzinhos de picolé como forma de rebeldia; ou como desejo de chamar atenção para si, para sua carência afetiva.

De qualquer maneira, ironia ou indignação à parte, o ato de poluir vai além do desrespeito com o meio ambiente. Espelha também o descaso para com a vida dos demais indivíduos que habitam o mesmo espaço comunitário ou urbano e, em última instância, demonstra o desrespeito para com a própria existência, já que quem polui não está imune às conseqüências da sua própria ação.

A falta de uma percepção mais profunda da interação entre o homem e o seu meio ambiente possui, também, além do seu conteúdo físico-material manifesto, uma conotação espiritual, posto que qualquer atitude negativa que resulte em mal-estar para outra criatura viola as leis universais do respeito à vida e do amor que, em síntese, deveriam nortear toda conduta humana. Portanto, o ato de poluir tem um alcance maior do que pode ser dimensionado pelo conhecimento comum. E, por ser assim, ao compreender que os nossos hábitos em relação ao meio ambiente espelham o que está contido em nossa alma, concluiremos que necessitamos urgentemente promover em nós mesmos uma profunda reeducação para que, aprimorando o convívio com o universo à nossa volta, respeitemos a vida em sua integralidade.

Boa Reflexão e viva consciente.

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