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Morte do Papa Francisco: entenda os ritos funerários e o processo do Conclave

Da redação | 21/04/2025 - 10:42:56
(Foto: Annett_Klingner -Pixabay)


Com o anúncio do falecimento do Papa Francisco nesta seggunda-feira (21/04), o Vaticano inicia uma série de procedimentos litúrgicos e administrativos bem definidos. O "Ordo Exsequiarum Romani Pontificis", a mais recente versão dos ritos funerais para um pontífice romano, publicada em novembro de 2024 após a aprovação do próprio Francisco, guiará as cerimônias de sepultamento. Esta nova edição buscou simplificar alguns processos estabelecidos em edições anteriores.

Uma das alterações significativas presentes no novo rito é a constatação oficial da morte do Papa, que agora ocorre em sua capela privada, e não mais nos aposentos papais. Adicionalmente, o gesto simbólico do camerlengo de tocar a testa do pontífice com um martelo de prata para atestar o óbito é reconhecido como um mito, não fazendo parte dos procedimentos oficiais.

Um aspecto notável é que as normas vaticanas não contemplavam a possibilidade de um Papa falecer em ambiente hospitalar, uma situação inédita na história do Vaticano desde sua fundação como cidade-Estado em 1929. Anteriormente, todos os pontífices haviam falecido em propriedades da Igreja, incluindo a residência de verão em Castel Gandolfo.

Atendendo a um pedido de Francisco, a tradicional utilização de três caixões sobrepostos – um de cipreste, um de chumbo e um de carvalho – foi substituída por um único caixão de madeira revestido de zinco, refletindo um desejo de maior simplicidade.

A Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis", promulgada em 1996 por São João Paulo II, detalha em mais de 90 artigos as normas que regem o período de vacância da Sé Apostólica até a eleição e posse do novo Papa. Em 2013, o Papa Emérito Bento XVI publicou uma carta com algumas modificações pouco antes de sua renúncia.

Com a morte do Papa, o Colégio Cardinalício, composto por cardeais de todo o mundo, assume as funções de Estado e de governo do Vaticano sob a autoridade do camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, nomeado por Francisco em 2019.

Durante o período de Sé vacante, o camerlengo é o responsável pela administração dos bens da Santa Sé e pela elaboração do cronograma das congregações gerais, reuniões preparatórias para o conclave – a assembleia de cardeais encarregada de eleger o novo pontífice. Cabe também ao camerlengo, com o auxílio de outros cardeais, definir os detalhes das cerimônias fúnebres.

Após a constatação do óbito, o camerlengo tem a responsabilidade de lacrar os aposentos e o escritório do Papa. Em seguida, os cardeais ao redor do mundo e os chefes de Estado são informados do falecimento. O período de luto e cerimônias fúnebres tem a duração de nove dias, e o sepultamento deve ocorrer entre o quarto e o sexto dia após a morte.

Em 2005, o Papa João Paulo II, o último a falecer enquanto pontífice, foi sepultado seis dias após sua morte, aos 84 anos. Seu corpo foi velado na Sala Clementina para os funcionários do Vaticano e, posteriormente, na Basílica de São Pedro, onde recebeu a homenagem dos fiéis. Durante os seis dias de luto, cerca de 3 milhões de pessoas passaram pelo Vaticano, com uma média de espera de 13 horas para entrar na basílica, que registrou um fluxo de 21 mil visitantes por hora. No dia do funeral, 500 mil pessoas acompanharam a missa na Praça de São Pedro.

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