Com crescimento de 18,1%, resultado é o melhor já alcançado no período; bom desempenho é puxado pela valorização do café
As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 1,3 bilhão em janeiro com crescimento de 18,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita gerada pela comercialização de produtos agropecuários representou 44% do valor total das exportações de Minas Gerais. Já o volume exportado atingiu 684 mil toneladas, com redução de 29,5% na mesma comparação.
Segundo a assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira, esse resultado consolida o melhor janeiro da série histórica em termos de receita. “O bom desempenho foi impulsionado, principalmente, pela valorização do preço médio das commodities agropecuárias, que apresentou um aumento de aproximadamente 68%. Em contraste, os demais segmentos tiveram uma valorização média de 7,5%. Para 2025, o desafio será manter números tão expressivos, superando as condições climáticas para, então, manter a trajetória de crescimento no restante do ano”, avalia.
"Além da valorização dos preços de algumas commodities agrícolas, o bom desempenho das exportações do agronegócio mineiro se deve ao auxílio técnico prestado aos produtores e pecuaristas por meio da Seapa, Emater, Epamig e IMA. Nesta semana, por exemplo, o Governo de Minas entregou a representantes de 52 municípios mineiros 116 equipamentos, entre tratores e arados. Temos trabalhado, incansavelmente, para impulsionar a produção agropecuária e o desenvolvimento econômico", salientou o vice-governador de Minas, Professor Mateus.
Principais mercados
Os produtos agropecuários mineiros foram enviados para 142 países, com destaque para os Estados Unidos (13%), China (10,2%), Alemanha (10%), Bélgica (8,1%) e Itália (5,4%).
O café mantém a liderança das exportações do setor, respondendo por 72% da receita do agro. O valor alcançado pela commodity foi de US$ 971,8 milhões, com crescimento de 70% no valor. O volume atingiu 2,9 milhões de sacas e aumento de 4% na comparação com janeiro do ano anterior.
Carnes em destaque
O segmento de carnes registrou um aumento de 4,5% na receita, totalizando US$ 113,2 milhões, apesar da redução nas vendas de carne bovina. O desempenho positivo foi sustentado pelo crescimento nas exportações de carne de frango e suína.
A carne bovina permanece como o principal item do segmento, com receita de US$ 73 milhões e volume de 15 mil toneladas. A retração nas vendas é atribuída à redução nas aquisições da China e Hong Kong, principais mercados consumidores, aliada ao aumento da demanda doméstica.
Já a carne de frango registrou um crescimento nas exportações, impulsionado pelo aumento da demanda dos principais países compradores. A receita totalizou US$ 32 milhões, com volume de 16 mil toneladas.
As vendas de carne suína somaram US$ 7 milhões, com um volume de 3 mil toneladas, mantendo uma contribuição positiva para o setor.
Demais itens
Os produtos florestais apresentaram um crescimento de 12,1% na receita, alcançando US$ 97 milhões. Já o complexo da soja registrou uma redução significativa, com receita de US$ 16 milhões e volume de 33 mil toneladas.
Em comparação com janeiro de 2024, houve uma queda de 80,2% no valor e 76,1% no volume exportado. Essa retração foi influenciada por fatores climáticos, que impactaram a disponibilidade do produto no mercado, além da redução de 242% nas compras da China, único país comprador no período.