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Ministro de Minas e Energia destaca ações para preservação dos reservatórios de Furnas e Peixoto, no Sul de Minas

Com assessoria | 10/09/2024 - 19:50:29
(Foto: Ricardo Botelho / MME)
Mesmo diante da maior seca histórica, ministro ressalta planejamento do MME para buscar a manutenção dos usos múltiplos dos lagos das hidrelétricas
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu nesta terça-feira (10/9), em Brasília, o deputado federal Odair Cunha e o deputado estadual Professor Cleiton, ambos de Minas Gerais, e detalhou o planejamento desenvolvido pelo Ministério que busca a preservação dos usos múltiplos dos Lagos de Furnas e Peixoto, no Sul de Minas, desenvolvendo ações que visam minimizar os efeitos da maior seca das últimas décadas no Brasil.  
Em maio deste ano, por meio da articulação do ministro Alexandre Silveira, a Agência Nacional de Águas (ANA) assinou a resolução (193, de 10 de maio de 2024), que estabelece cotas mínimas de preservação para a operação dos reservatórios e aproveitamentos hidrelétricos de Furnas, Marechal Mascarenhas de Moraes (Peixoto), Marimbondo e Água Vermelha, que integram o Sistema Hídrico do Rio Grande. 
Essa medida entra em vigor em dezembro e garante a adoção de medidas concretas para a cota 762 em Furnas, a partir da redução da vazão defluente do reservatório a partir da redução da cota de operação do reservatório. De forma estruturada, o nível do reservatório das usinas hidrelétricas do Rio Grande deverá permanecer mais elevado ao longo dos anos, garantindo os usos múltiplos dos reservatórios.

Aécio Coutinho, Thadeu Alencar, Odair Cunha, Alexandre Silveira e Professor Cleiton. Foto: Ricardo Botelho / MME
“Temos tomado todas as medidas para que a gente pudesse ter todos os reservatórios ao máximo preservados e garantir as diversas utilizações. Juntamente com a ANA e o Operador Nacional do Sistema (ONS), nós fizemos uma resolução, que entra em vigor ainda esse ano, que obriga a manutenção da cota 762 de Furnas ser preservada, só podendo ser utilizada em caso de emergência do setor elétrico que, naturalmente, todos nós sabemos que a energia não pode faltar”, explicou o ministro.

Demais ações

Silveira ainda destacou outra importante ação visando a preservação do Lago de Furnas. Em março deste ano, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), liderado pelo MME, autorizou a redução da saída de água nas usinas hidrelétrica de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná (entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul) e a retenção nas usinas de cabeceira, incluindo Furnas.
Com a redução da defluência nesses reservatórios, foi possível guardar água no reservatório de Furnas ao longo dos meses de maio a agosto, o que trouxe a possibilidade o reservatório operar acima da cota 762 até agosto deste ano.
A medida foi tomada devido à falta de chuvas no país. Os meses de junho, julho e agosto registraram, este ano, a maior seca dos últimos 94 anos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Os dados sobre as condições hidrológicas nacionais começaram a ser compilados em 1931 e, a partir de 1998, o Operador Nacional do Sistema (ONS) passou compilar as informações mensalmente. Ao longo de todo o ano de 2024, a vazão que chega aos rios que compõe o reservatório de Furnas receberam menos de 60% da média histórica esperada para o período.
“Esta ação permitiu que a gente tivesse, hoje, mesmo na maior seca dos últimos 94 anos neste período do ano, nós tivéssemos 11% a mais de água doce nos nossos reservatórios, preservando ao máximo o seu uso múltiplo. Hoje, nós temos planejamento no setor elétrico brasileiro, considerando o uso múltiplo da represa de Furnas. Tudo está sendo feito para que a gente possa, o mínimo possível, afetar aqueles lagos que são tão importantes para o turismo, para a agricultura familiar, para o agronegócio, o emprego e a renda”, ressaltou o ministro. 
O reservatório de Furnas também tem servido há muito tempo para controlar a navegabilidade da hidrovia Tiete-Paraná, defluindo água para que a cota da hidrovia permita a passagem de embarcações que transportam soja naquela região. Existe uma demanda histórica, relacionada ao derrocamento dessa hidrovia, permitindo que as embarcações possam navegar com níveis menores, aliviando a necessidade de Furnas soltar água para manter essa operação. Desde 2023, as obras de derrocamento foram aceleradas e tem previsão de conclusão até o início de 2026, o que trará alívio significativo no uso das águas do reservatório da hidrelétrica de Furnas.
O ministro ainda destacou que também há um imenso programa de contratação de geração nova para o Brasil, a partir de novos leilões de energia, tendo como objetivo dar mais segurança energética para o Brasil por meio de outras fontes. Por fim, o ministro ainda lembrou que o MME irá realizar, ainda este ano, leilão de capacidade no setor elétrico visando ampliar o parque térmico no Brasil, garantindo a segurança energética e, consequentemente, a preservação dos reservatórios do país.
 

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