Os Policiais Militares envolvidos na operação Novo Cangaço que resultou na morte de 26 suspeitos, em Varginha, não compareceram para prestar depoimento nesta última segunda-feira (20). De acordo com a Polícia Federal, 22 policiais foram intimados, sendo um deles comandante do Bope na época dos fatos, a participar das oitivas que teria início nesta segunda-feira, na Superintendência da PF, em Belo Horizonte.
O inquérito foi movido na Justiça Federal de Varginha e apura se houve excesso na atuação dos policiais envolvidos, sendo eles ouvidos na condição de investigados.
Em nota, a Polícia Militar disse que a apuração deve ser feita pela Polícia Judiciária Militar. “Conforme previsto no artigo 144, parágrafo 4º da Constituição Federal de 1.988, combinado com os artigos 7º e 9º do decreto Lei 1.002, de 1969 (Código de Processo Penal Militar Estadual) a apuração da conduta dos militares é de competência da Policia Judiciária Militar e não da Polícia Federal".

Foto: Divulgação PRF/PM
Operação Policial Novo Cangaço
No dia 31 de outubro de 2021, uma operação conjunta das Polícias Militar e Rodoviária Federal na zona rural de Varginha, terminou em troca de tiros que resultou na morte de 26 pessoas. Segundo a Polícia Militar, os homens que entraram em confronto com os policiais integravam uma quadrilha especializada em assaltar agências bancárias, em ações que ficaram conhecidas como o “novo cangaço”.
Na abordagem policial, foram recuperados explosivos, armas longas ponto 50 e 10 fuzis, além de munições, granadas, coletes e 10 veículos roubados. A operação Audaces Fortuna Sequitur (“a sorte que acompanha os audazes”) também apreendeu uma carreta com fundo falso no município de Muzambinho.