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Superação: ex-morador de rua que se alimentava com ração é uma das apostas de Marcelo Ribas no mundo do MMA

Da redação | 24/08/2018 - 15:16:46

Bol treina em Varginha na Academia do mestre Marcelo Ribas, pai da Amanda Ribas, atleta do UFC

O MMA brasileiro é rico em talentos e histórias. No último final de semana aconteceu a estreia do peso leve Bruno Silva, apelidado de Bolt. E logo em sua primeira luta como profissional, transmitida ao vivo para todo o Brasil pelo Canal Combate, o mineiro da cidade de Campo Belo da Academia Marcelo Ribas de Varginha,  impôs um nocaute ainda no primeiro round sobre o campeão pan-americano de Muay Thai Netto Maccari, na 20ª edição do tradicional Max Fight, realizado em Campinas-SP.
 

 
O resultado da luta, por mais que tenha sido positivo, é o de menos. O destaque é a virada que está iniciando na vida do lutador de 24 anos. Órfão de pai e de mãe, ele foi criado pela avó, que morreu quando ele tinha 12. Com a situação, se viu obrigado a morar nas ruas, por onde viveu, engraxando sapatos e fazendo bicos como servente de pedreiro, até os 17, quando conseguiu um emprego fixo e pôde alugar uma casa para morar.
 
“Com 17 anos eu consegui arrumar um emprego de cuidador de idoso. Com o dinheiro eu consegui alugar um lugar para ficar. Quando eu estava na rua, eu achei uma cachorrinha e peguei para criar. Eu não sabia, mas ela estava prenha e nasceram oito filhotinhos”, contou o lutador, que durante quatro anos dividiu mais do que o teto com os cachorrinhos. “Com a dificuldade que eu estava, eu preferia comprar a ração para eles do que eles passarem fome junto comigo. Eu comia junto com eles a ração. A ração enche quando está no organismo e mata a fome. Eu comia sem problema nenhum.”
 
A ração que alimentou Bruno Bolt e os nove cães, na maioria das vezes, era para porco, por ser mais barata. Ração para cachorro era artigo de luxo, adquirido apenas quando sobrava um dinheiro a mais no final do mês. Mas tudo começou a mudar no ano passado, quando ele, passando por um bar, viu pela televisão um evento de MMA com atletas de Varginha, que fica a cerca de 124km de sua cidade. Interessado, ele descobriu o contato do líder da equipe e conseguiu uma chance para fazer um teste. Quem lembra é Marcelo Ribas, que lhe deu a chance.
 
“Ele chegou para fazer um teste aqui na academia e desmaiou durante o teste. Passou mal e desmaiou. Levamos ele para o hospital e o médico falou que ele estava desnutrido, anêmico. Fazia três dias que ele não comia. Chorando, ele revelou que comia ração para porco e, quando tinha dinheiro, para cachorro”, disse o pai e treinador da peso-palha do UFC Amanda Ribas. “Comeu ração, morou na rua, mas hoje está melhor, trabalha, manda dinheiro para o filhinho dele, não deixa faltar nada e está buscando o sonho, batalhando, fazendo três, quatro, cinco treinos por dia. É dureza, mas é com trabalho que se chega lá.”
 
Pai de um bebê de menos de um ano, Bruno Bolt não tem grandes ambições. Segundo ele, seu maior sonho é permitir que o filho tenha uma infância que ele não teve. E para isso, garante que não medirá esforços.
 
“Passei fome, sofri, passei por muitas coisas, mas estou batalhando para chegar aonde eu quero chegar. Estou buscando, estou batalhando. Se você tem um sonho, não fique parado mexendo no celular, sentado, olhando para o tempo, não. Eu vou dar o meu melhor, eu sou o Bolt.”
 
Com informações do http://portaldovaletudo.uol.com.br
 

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