Na mídia nacional surgiu mais uma pista de que a liberação dos cassinos e restantes jogos de azar está bem próxima. O Games Magazine, um site dedicado a jogos e gaming, referiu as palavras do vereador Luia Barbacovi, da Câmara dos Vereadores de Gramado/RS, depois de uma visita aBrasília. Seu partido, o PP (Partido Progressista), é um dos principais movimentos políticos defendendo o fim da proibição vigorando no país desde 1946.
Nas declarações, o político gaúcho falou que se encontrou com Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e com elementos do Conselho Nacional de Turismo, e que veio de lá “convencido” que a liberação do jogo está próxima e que a região turística de Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, será contemplada com um cassino.
Pressão política ou adaptação aos novos tempos?
Os setores da sociedade brasileira que estão contra essa medida não vão desistir sem luta. Seja a “bancada evangélica” em Brasília, sejam os setores que receiam os efeitos sociais negativos do vício, eles defendem que este movimento não passa de pressão política e econômica de grandes empresas interessadas em explorar os cassinos. Segundo esse ponto de vista, o governo vai cair na ideia de pegar receita fiscal para depois perder para lavagem de dinheiro e perdas sociais causadas pelo vício. Na base de tudo, claro, está a ideia do jogo como um elemento imoral, cuja legalização não tornaria moral.
Em sentido contrário, os defensores da medida apontam que o Brasil parou no tempo e deve olhar para a experiência da maior parte do mundo civilizado. Os brasileiros já jogam em plataformas de “
online cassino” legalmente através de seus celulares com acesso à internet, além de que aqueles que o podem fazer voam até o Uruguai (Punta del Este) ou Las Vegas (Estados Unidos), ou então juntam uma viagem para visitar as
Cataratas do Iguaçú com uma parada nos cassinos de Puerto Iguazú ou Ciudad del Este. Será melhor proibir um fenômeno que não para de aparecer de novo ou tentar regular e criar um ambiente que seja do interesse de todos, principalmente no dos jogadores que terão a lei do seu lado?
Dois cassinos em Minas Gerais?
A lei poderia prever que os estados entre 15 e 25 milhões de habitantes teriam licença para dois cassinos, em seu sentido moderno, com centenas de máquinas e integrados em “resorts” turísticos. Contudo, a lei prevê também a legalização de casas de bingo, caça-níquel e até do jogo do bicho. Que tipo de estabelecimentos de jogatina veremos em Varginha em um futuro próximo?
