O tremor de terra registrado na região de Poços de Caldas, no dia 12/01, não teve relação com o vulcão, sobre o qual a cidade foi construída, preocupação manifestada por muitos moradores na mídia durante os últimos dias. Essa foi a conclusão do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) e também do pesquisador da UNIFAL-MG, Prof. Fabiano Cabañas Navarro.
Em entrevista para Gabriela Bandeira, do portal Poços Já, o professor explicou que os fenômenos são naturais e estão associados a fraturas e falhas existentes na crosta terrestre. “Como a crosta é rígida e sujeita a esforços tectônicos, em algum momento, as falhas e fraturas não suportam as tensões e se movimentam, mesmo em áreas mais afastadas dos limites das placas tectônicas, como é o caso de Poços”, esclareceu.
O geólogo também desmentiu o boato recorrente de que o tremor teria relação com o fato da cidade estar em uma caldeira vulcânica. "Não há nenhuma evidência que o vulcão esteja entrando em nova fase de atividade", afirmou. Segundo o professor, tremores de terra são relativamente comuns e o registrado na cidade foi de baixa intensidade. "Em áreas sísmicas podem ocorrer diariamente, áreas mais afastadas podem ser bem ocasionais. O evento foi medido pelo Laboratório de Sismologia da USP, com magnitude de 3,2 na escala Richter. Isso é considerado de baixa intensidade, tanto que pode ser confundido com vibrações causadas por caminhões ou obras", finalizou.
Confira na íntegra, a reportagem "Tremor não está relacionado a novas atividades vulcânicas, explica professor da UNIFAL"
