Festival apresenta danças árabes, recebe convidados e oferece workshop
O festival Mandala, Mostra Anual de Danças e Literatura Árabes, chega à sua 9ª edição e, este ano, faz um tributo a grandes mulheres da história mundial. O Espaço de Danças Elen Hanna, escola de danças árabes de Varginha, prepara as coreografias e vai receber convidados para o evento, que está se firmando com o mais tradicional do segmento no Sul de Minas.
Além de Elen Hanna e suas alunas, o Mandala vai contar com apresentações dos dançarinos convidados Tarik, Lucas Oliveira e Grupo Janaina Naves. Tarik também vai ministrar workshop sobre dança andaluz e movimentos de impacto para dança do ventre, para quem já tem noções deste tipo de dança.
A professora Elen Hanna escolheu cinco grandes mulheres, de todos os tempos, e elas serão homenageadas através de coreografias especiais: Mata Hari, Pagu, Frida Kahlo, Chiquinha Gonzaga e Nefertiti representam a força, engajamento e competência das mulheres, mesmo em épocas de grandes limitações.
O Mandala acontece em Varginha desde 2008 e já mostrou cerca de 90 coreografias de danças árabes. Em 2016, em sua 9ª edição, o festival vai acontecer dia 19 de novembro, às 20 horas, no teatro do Colégio Marista. Ingressos a venda com as alunas ou no Espaço de Danças Elen Hanna, rua Delfim Moreira, 470, onde também são feitas inscrições para o workshop.
As homenageadas:
Mata Hari nasceu na Holanda em 1876, foi dançarina e acusada da espionagem durante a 1ª Guerra Mundial. Morreu em um pelotão de fuzilamento. Símbolo mundial da ousadia feminina.
Pagu brasileira nascida em 1910, atuou como escritora, diretora de teatro, desenhista, jornalista e militante política, foi a primeira mulher a ser presa no Brasil por motivos políticos, em 1931. Morreu em 1962.
Frida Kahlo artista plástica nascida no México em 1907, sempre afirmava que suas obras, embora parecessem surrealistas, eram imagens verdadeiras. Teve paralisia infantil que a deixou com sequelas nas pernas, por isso usava calças compridas numa época em que isso era incomum. Sofreu um acidente de trem que a deixou de cama, quase paralisada, por um longo tempo. Foi nessa época que produziu suas principais obras. Fez parte do Partido Comunista Mexicano. Morreu em 1954.
Chiquinha Gonzaga brasileira, nascida em 1847, pianista, casou-se aos 16 anos e tomou iniciativa de separar-se do marido porque ele não gostava de música. Enfrentou o tribunal por abandono do lar e adultério e, para sobreviver, passou a fazer apresentações ao piano e tornou-se maestrina. No início do século 20 ela compôs a marchinha carnavalesca “Ó Abre Alas”. Aos 52 anos passou a viver com um rapaz de 16, com quem esteve até morrer, em 1935.
Nefertiti nasceu no Egito em 1370 a.C, foi esposa do faraó Aquenáton. O casal ficou conhecido pela revolução religiosa onde o povo passou a adorar apenas um deus, Aton. Governaram durante o período mais próspero do antigo Egito. Ela recebeu títulos como Senhora das Graças, Doce do Amor, Esposa do Grande Rei e Senhora de Todas as Mulheres. Morreu em 1330 a.C
