“Todo ser humano é capaz de aprender”, palavras da Neuropsicopedagoga, Maria Clara Rainato Floresti. Compartilhando e acreditando na mesma ideia, o Colégio Marista Varginha realizou, na última quarta-feira (26), uma Formação Continuada com seus educadores para discutir o tema “Aprendizagem e Necessidades Especiais”.
A Formação contou com a participação de Professores, Equipe Técnica e Conselho Diretor. Na ocasião, os participantes assistiram palestras com a Neuropsicopedagoga Maria Clara Rainato e com a Neuropsicóloga e Mestre em Educação Maria Antônia de Carvalho. Elas falaram sobre a importância de se acreditar no potencial de cada um e formas de se oportunizar a aprendizagem para portadores ou não de Necessidades Especiais. “Pequenas conquistas devem ser valorizadas”, afirmou Maria Clara ao completar que crianças e jovens devem ser incentivados por familiares e educadores.
Aprender exige esforço e disciplina. Para pessoas com Necessidades Especiais, essas características são potencializadas e é preciso que a escola esteja preparada para lidar com essas dificuldades. “Acredite nos alunos e incentive a superação, pois o cérebro é capaz de encontrar caminhos para driblar barreiras”, destacou Maria Antônia.
A Neuropsicóloga é portadora da Síndrome de Irlen, que, segundo estudos, atinge muitas pessoas com dificuldades escolares. A Síndrome é o resultado da sensibilidade a certas ondas de luz, o que provoca, por exemplo, distorções no material de leitura e escrita, resultando em menor qualidade no desempenho escolar e de vida. Maria Antônia explicou o que é a Síndrome e falou sobre sua experiência como portadora. “Para portadores da Síndrome, enxergar de forma retorcida, por exemplo, é normal, até descobrirmos que as dificuldades que temos no dia a dia têm solução”, retratou.
Síndrome de Irlen
A deficiência de aprendizado conhecida como Síndrome de Irlen ou Dislexia Perceptual de Leitura é um distúrbio neurológico. Ele causa distorções visuais que interferem no processamento de letras, números e símbolos. Pessoas com síndrome de Irlen se cansam facilmente durante a leitura e têm dificuldade de compreensão. Professores e pais costumam confundir esse problema com preguiça ou falta de interesse das crianças em idade escolar. Mas, em alguns casos, a dificuldade para aprender pode estar associada à síndrome.
Pessoas com a doença têm a sensação de que as letras pulsam, tremem, vibram ou desaparecem no papel. Muitas se queixam, além da dificuldade para ler, de insegurança ao dirigir e ao praticar esportes. Os sintomas mais comuns são intolerância à luz, dificuldade para manter o foco, alteração na percepção de profundidade, dores de cabeça e irritação nos olhos. Muitas pessoas não têm consciência do problema porque os sintomas aparecem depois de 10 minutos de leitura, o que os leva a pensar que as distorções são naturais, resultado da concentração. (Informações baseadas no site da Revista Época)