Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Luxo do Lixo; Eleições 2018; 2020 é logo ali...O futuro e a tropa; Saúde e repasses
18/07/2018
Luxo do Lixo

A coluna já manifestou aqui as inúmeras irregularidades e falta de fiscalização quanto a política pública de resíduo sólido que é praticada em Varginha. Há descarte irregular de lixo na cidade em vários pontos, o aterro sanitário gerenciado pela Copasa não está recebendo/tratando todo o lixo gerado e muito do que é descartado no lixo, às vezes pelo próprio município, é feito de forma irregular. Todavia, os gastos na área são enormes e não se tem uma fiscalização confiável de tudo isso! O lixo hospitalar, altamente contaminante, também gerado por clínicas e consultórios particulares na cidade, inclusive os veterinários, não têm certeza do tratamento do lixo. O lixão nas proximidades do bairro Corcetti ainda não foi recuperado. Parece que não há planejamento na área, vejam que a coleta seletiva prometida não é realizada em toda a cidade! Será que as metas da pasta serão honradas até o final do governo? Não se acredita nisso! 

Perguntar não ofende

Já faltam medicamentos para a população na rede pública de Varginha? Falta gerenciamento do município, repasses de recursos do governo estadual, sinergia de ações e controles entre governo federal, estadual e municipal? Quem pode responder? 

Quantos cargos de confiança existem na Câmara Municipal de Varginha? Qual a qualificação técnica destes cargos de confiança, nomeados sem concurso público? Qual a relação destes nomeados e os vereadores que controlam o Legislativo local? 

Qual o fim do projeto de transformar a linha férrea em ciclovia para esportistas da cidade? A ideia já foi defendida por prefeito e por vereadores, até deputado federal defendeu o projeto, que parece estar hoje dormindo em alguma gaveta! 

A Prefeitura de Varginha contratou seguro para sua frota de veículos próprios. Qual o índice de sinistros com os veículos públicos municipais? Qual o índice de ressarcimentos e responsabilização por tais acidentes? Quem paga quando existem barbeiragens? 

Eleições 2018

O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) esteve ontem, terça-feira (17/07), em Pouso Alegre. O tucano é pré-candidato a governador de Minas. Em sua comitiva em Pouso Alegre também estava o pré-candidato a senador, Diniz Pinheiro. Os candidatos visitaram projetos sociais desenvolvidos no município e conversaram com empresários locais. Eles também se reuniram com prefeitos e lideranças políticas regionais. A visita dos pré-candidatos já era esperada e muitos outros já visitaram a região, a exemplo do governador Pimentel e do deputado federal Rodrigo Pacheco, todos candidatos ao Governo de Minas. Vale destacar que o estado pré-falimentar que em se encontra Minas Gerais não “aconteceu do nada”! Ou seja, o governador Fernando Pimentel (PT), e sua péssima gestão agravaram as condições já terríveis deixadas por Anastasia e o PSDB que administraram Minas Gerais por muitos anos. Temos também que dizer que nenhum dos pré-candidatos ainda trouxe uma “receita” de como recuperar a economia do Estado, sem sangrar ainda mais o bolso do contribuinte mineiro, que já paga uma das mais altas cargas tributárias nos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. 

2020 é logo ali...

O vice-prefeito Vérdi Lúcio Melo visitou as obra de reforma da rede pluvial e contenção de taludes da área verde localizada entre os bairros Treviso e Parque Ileana, na Rua Orlando Fenocci. A obra é uma reivindicação dos moradores da região. Durante a visita na obra, o vice-prefeito encontrou o morador Dendéia, presidente do Conselho Comunitário do Barcelona. O vice não tem o habito de “voltar às bases ou fazer muitas visitas”, mas como sabemos, Verdi Melo tem trabalhado “nos bastidores” para viabilizar seu nome em 2020. Será que já começou a trabalhar “fora dos bastidores”? 

Não existe almoço grátis!

R$ 742 milhões: É quanto vai custar a isenção do pagamento da conta de luz para famílias de baixa renda por ano. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas ainda precisa ser votada pelo Senado. Segundo o Ministério de Minas e Energia, 8,9 milhões de famílias devem ser beneficiadas. Mais uma vez o mundo político vai fazendo “caridade” com o bolso alheio aumentando o custo Brasil e sobrecarregando quem paga impostos. Quando subsídios são embutidos no custo da energia elétrica, que faz parte da produção de todos neste país, todos os produtos ficam mais caro. E o próprio povo carente, que a primeira vista é beneficiado pelo subsídio, depois, paga caro pela falta de emprego e produtos mais caros no mercado. Se os Governos Federal, Estaduais e Municipais querem fazer algo de efetivo ao povo, que reduzam seu tamanho e sejam mais eficientes, cortando na carne e não “dando tchau com o chapéu alheio”. 

O futuro e a tropa

Aliás, não é de hoje que o vice-prefeito sonha em ocupar o cargo de prefeito! Vérdi Melo já disputou a vaga uma vez no passado, não tendo sucesso! Na eleição municipal passada, quando ainda não se sabia se Antônio Silva disputaria a reeleição, Verdi tentou viabilizar seu nome, mas não tinha densidade política e eleitoral para o desafio, ainda mais com “caneta na mão de Toninho”. Atualmente, Vérdi Melo e Antônio Silva possuem total sintonia, difícil acreditar que Antônio Silva enfrentou, no passado, uma CPI para responder por supostas irregularidades e justamente Vérdi Melo foi o idealizador de tal CPI. Os dois hoje são como “goiabada com queijo”, e Toninho é a goiabada, ou seja, “ainda falta doce ao vice”. Mas Vérdi tem trabalhado com afinco, tem entrada com todos os partidos e nenhum dos líderes políticos locais se recusa a conversar com o vice, que é hoje um dos maiores articuladores do governo.

Todavia, o “próprio governo é o maior obstáculo de Vérdi”, visto que seus maiores “concorrentes de 2020” podem sair da própria base aliada. Não é mistério que muitos dos secretários atuais são nomes de confiança de Antônio Silva e provavelmente, com a “aposentadoria” de Antônio Silva, não estariam num eventual governo Vérdi. Isso sem falar nos nomes da base que desejam também serem chefes do Executivo Municipal, como vereadores do PP e mesmo lideranças do PTB. Certo mesmo é que a oposição em Varginha está menos preocupada com a sucessão municipal, mesmo porque, parece cristalino que uma eventual candidatura de Vérdi Melo em 2020, enfrentaria nomes como Carlos Costa, Geisa Teixeira entre outros, que podem inclusive estarem juntos, dependendo do quadro político na ocasião. 

Bolo de asfalto

A Prefeitura de Varginha homologou a licitação nº073/2018 para aquisição de C.B.U.Q. - Concreto Betuminoso Usinado à Quente. O material será usado na melhoria das vias públicas da cidade. O preço que será pago pela tonelada de asfalto será de R$ 219,00 (duzentos e dezenove reais). Uma empresa de Varginha ganhou a concorrência. Aliás, são apenas duas ou três empresas de Varginha aptas a fornecer asfalto ao Poder Público e algumas outras poucas na região que desfrutam deste enorme e polpudo mercado que fatura milhões por mês na região. O quesito questionado pela coluna e também pela população não é apenas a dependência das prefeituras da região de algumas poucas empresas que ditam o preço, mas sim a falta de fiscalização dos municípios quanto a qualidade e aplicação dos produtos comprados. Será que o asfalto comprado por estas prefeituras da região tem a qualidade e as especificações necessárias para as nossas ruas e avenidas? Será que a aplicação e o momento de fazer estes reparos é agora? Porque a maioria dos recapeamentos e tapa buracos realizados pela região apresentam problema? Porque não se utiliza o asfalto ecológico que possui “pneus triturados” em sua composição e dão maior durabilidade ao asfalto? Porque as prefeituras da região não compram, em parcerias, via consórcio de municípios, uma usina de asfalto a quente para atender as demandas dos municípios e baratear os custos? Perguntas com essas estão sem resposta! 

Saúde e repasses

A reclamação de vereadores no plenário da Câmara, informando que faltaria medicamentos nos postos de saúde ou mesmo nos atendimentos da UPA, contrasta com as enormes compras de material hospitalar realizadas constantemente pela Prefeitura de Varginha. Na verdade, a Prefeitura realiza as compras com os repasses oriundos dos governos Federal e Estadual, contudo, sabemos que o Governo do Estado tem retido ilegalmente alguns recursos pertencentes aos municípios. Não se tem notícia de ações judiciais da Prefeitura de Varginha para assegurar os repasses de recursos para a saúde, contudo, é possível que o Executivo municipal esteja pagando do próprio bolso por medicamentos que deveriam ser fornecidos pelo Estado.

Sabe-se que o Governo Federal repassa mensalmente o valor de R$ 500 mil aos cofres municipais para a manutenção da UPA, contudo, não sabemos se tal recurso passa antes pelo Governo de Minas, neste caso, estaria passível das irregulares retenções de verbas do governo Pimentel! Fato é que, enquanto a Prefeitura de Varginha não explicar à população quem paga quanto e com que pontualidade pelos custos da manutenção da Saúde pública em Varginha, o prefeito Antônio Silva vai continuar pagando com sua reputação política pelas faltas de medicamentos e investimentos na saúde pública! Porque Antônio Silva não “abre a caixa preta” e cobra dos governos estadual e federal a competência de cada ente federativo? Essa e a pergunta sem resposta que intriga a coluna! 

O trânsito

Tirando os palpites nada técnicos dos vereadores que tentam “deformar” o trânsito local a fim de agradar eleitores, não temos nada de novo no trânsito de Varginha. A grande reforma iniciada na última gestão petista e continuada na gestão de Antônio Silva parece que acabou sem concluir grandes problemas de locomoção na cidade. Falta de ruas mais largas, ciclovias, faixas exclusivas para ônibus, melhorias do transporte coletivo são problemas que ainda não foram planejados e parece que nem pensados pelo Departamento Municipal de Trânsito - Demutran. Enquanto isso, o Executivo municipal faz precariamente a sinalização em alguns pontos da cidade, visando apenas corredores principais e ainda assim, é comum o grande vandalismo que danifica anualmente várias placas de trânsito e outros tantos bens públicos! A entrada da cidade de quem chega por Elói Mendes continua um gargalo, a saída para SP/BH, de quem está no centro da cidade continua confusa e sem sinalização. Parece que não será por agora que veremos o trânsito de Varginha ser modernizado. Por aqui apenas nativos e ETs conhecem o caminho de entrada e saída da cidade! Em contrapartida, o município arrecada muito dinheiro com a cobrança de multas aplicadas na cidade, bem como recolhe milhões de reais com a cobrança do IPVA repassada pelo governo estadual. A pergunta que fica é: Para onde vai todo este recurso? Os valores são reinvestidos na modernização necessária do trânsito local ou vai para o caixa único onde paga salários e a manutenção do próprio governo?

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